“DEUS DO NADA” OU “NADA EM DEUS”

                                        
 A cada dia que “peregrino os caminhos do mundo” recebendo iluminação do Evangelho, mais minha alma deseja conhecer e aprofundar-se nos “caminhos de Deus”, que é; … “luz para o meu caminho!”(Salmos 119:11).
"Discenir" os caminhos  do mundo é de visceral importancia.  Faz-me lembrar do livro de Jonh Bunyan, “O Peregrino”, que  resumidamente segue o seguinte enredo: O jovem peregrino chamado simplesmente Cristão, atormentado pelo desejo de se ver livre do fardo pesado que carrega nas costas, segue sua jornada por um caminho estreito, indicado por um homem chamado Evangelista, pelo qual se pode alcançar a Cidade Celestial. Na narrativa, todas as personagens e lugares que o peregrino depara levam nomes de estereótipos (como: Hipocrisia, Boa-Vontade, Sr. Intérprete, gigante Desespero, A Cidade da Destruição, O Castelo das Dúvidas, etc.) consoante os seus estilos, características e personalidades
No ínterim, surgem-lhe várias adversidades, nas quais ele padece sofrimentos, chegando a perder-se, ser torturado e quase afogar-se. Apesar de tudo, o protagonista mantém-se sempre sóbrio, encontrando auxílio no companheiro de viagem, o Fiel, um concidadão seu. Mais adiante na trama, Fiel é executado pelos infiéis da Feira das Vaidades que se opőem à busca dos dois peregrinos. Contudo, Cristão acha um outro companheiro, chamado Esperançoso, que mais tarde lhe salvará a vida, e eles seguem a dura jornada até chegarem ao destino almejado.
A obra é uma alegoria contada como se fosse um sonho, voltando-se sempre a extrair dos eventos narrados alguns ensinamentos bíblicos de forma simbólica, nos moldes das parábolas bíblicas. John Bunyan também aí infere certos fatos históricos do seu tempo, como a perseguição aos protestantes, em especial aos da denominação do autor.
Entretanto, nos "caminhos"deste tempo “pós-moderno”, onde se afirma que as verdades, morais, religiosas, políticas, científicas, etc., variam conforme a época, o lugar, o grupo social e os indivíduos de cada lugar e numa perspectiva de cunho, antropológico,filosófico,teológico; a essência  da “cultura pós-moderna tem no homem,“o centro e a medida do universo e de todas as ações e resultados deste”! 
Faz –me lembrar  no diálogo platônico "Teeteto",onde, atribui-se a Protágoras uma concepção relativista do conhecimento, por haver afirmado que "o homem é a medida de todas as coisas".
Não restam dúvidas de que desde os tempos mais remotos, “a criatura” (homem)tem tido surtos de orgulho “exacerbadamente - exacerbados”, e a manifestação da “sindrome da divindade” tem tido as suas mais variadas configurações  que se estendem e diluem até os nossos dias e continuarão se manifestando até o termino da presente era! 
Desde o “surto luciferiano” invadindo o paraiso e provocando o “surto edênico”,depois,  “surto babilonico” e nos tempos apostólicos, o“surto herodiano”, entre outros que são descritos nas Escrituras Sagradas,sim, desde então,o “homenzinho”, esse “serzinho” insignificante, sim, essa “bostinha existencial ambulante”, deseja ser Deus, preferindo ser  um deus no inferno do que livrar-se do inferno em Deus!
Minha declaração de fé “aos deusezinhos  do nada”:  
Decidi um milhão de vezes ser “nada em Deus”!
Bonani

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