"FRAQUEZA FATAL DOS HOMENS"



Todas as Nossas Paixões se Justificam a Si Próprias. Existem duas ocasiões distintas em que examinamos a nossa própria conduta e buscamos vê-la sob a luz em que o espectador imparcial a veria: primeiro, quando estamos prestes a agir; e, segundo, depois que agimos. Em ambos os casos os nossos juízos tendem a ser bastante parciais, mas eles tendem a tornar-se ainda mais parciais quando seria da maior importância que não fossem. Quando estamos prestes a agir, a veemência da paixão raramente nos permitirá considerá-la com a isenção de uma pessoa neutra. As violentas emoções que nesse momento nos agitam distorcem os nossos juízos sobre as coisas, mesmo quando buscamos colocar-nos na situação de outra pessoa. (...) Por essa razão, como diz Malebranche, todas as nossas paixões se justificam a si próprias, e parecem razoáveis e proporcionais aos seus objetos enquanto nós estivermos a senti-las. (... ) A opinião que cultivamos do nosso próprio carácter depende inteiramente dos nossos juízos acerca da nossa conduta passada. Mas é tão desagradável pensarmos mal de nós mesmos que amiúde afastamos propositadamente o nosso olhar das circunstâncias que poderiam tornar o julgamento desfavorável. (...) Esse auto-engano, essa fraqueza fatal dos homens, é a fonte de metade das desordens da vida humana. Se pudessemos ver-nos como os outros nos veem, ou como veriam se estivessem a par de tudo, uma reforma geral seria inevitável. Seria impossível, de outro modo, suportar a visão. (Adam Smith, in 'A Teoria dos Sentimentos Morais')

"Pensemos: ... Se os que detêm o poder em todas as suas esferas, pudessem ver-se como os olhos da legitimidade que em tese deveriam confiar a eles as responsabilidades mais nobres do pleno uso do estado de direito ou dos diretos fundamentais(…) . Pergunto: Quem deles resistiria a tal escrutínio?"



BONANI

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