"Liderança nas Igrejas e a Sindrome de Labão!"




A moça foi correndo para a casa da sua mãe e contou o que havia acontecido. Rebeca tinha um irmão chamado Labão, o qual "viu" a argola no nariz da irmã e as pulseiras nos seus braços e a "ouviu" contar o que o homem tinha dito para ela. Labão "saiu correndo" e “foi buscar" o empregado de Abraão, que havia ficado de pé, ao lado dos camelos, ali perto do poço. Labão disse:
—“ Venha comigo, homem abençoado" por Deus, o Senhor. Por que você está aí fora? Já preparei a casa e também o lugar para os camelos. Genesis 24.29-31 

 Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse. Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Judas 16 e 17

 


Sou levado a perceber por tipologia que no capítulo 24 de Gênesis  figuras do Pai, do Filho e do Espírito santo estão reveladas no casamento de Isaque.
Se Isaque foi um tipo fiel de Cristo em sua obediência até à morte,(Gen 22), também o foi em relação ao seu casamento com Rebeca, uma noiva oriunda de sua parentela.
Eliezer, em cuja mão estava toda a fazenda do seu senhor, tipifica o Espírito Santo enviado à terra para preparar e levar até Cristo uma noiva "gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Efésios 5.27) ,e, em sua missão de buscar uma noiva para Isaque, Eliezer tomou dez camelos, nos quais levou "vasos de prata e vasos de ouro, e vestidos, e deu-os a Rebeca".
Na Bíblia, o número dez significa perfeita ordem divina, onde nada falta. Por isso a Rebeca do Novo Testamento, a Igreja de Cristo, não tem falta de nada. Ela recebeu da parte do Pai (Abraão), por intermédio do Espírito Santo (Eliezer), dons representados nos presentes recebido. Entretanto: aparece a figura de Labão que
 desempenhou papel destacado nas negociações do casamento de Rebeca, a aprovação para tal casamento provindo tanto dele como de seu pai, Betuel. — Gên 24:50-61.
Mas ao que parece, o protagonista da história nos revela como que forma ele tratou o assunto do noivado, visando tão  somente o interesse próprio.. Leia os textos supra para entender essa minha linha de raciciocínio e conclua também comigo que:...observo hoje enredo semelhante no qual muitos chamados líderes sofrem da Sindrome de Labão e querem ser protagonistas daquilo que lhes não pertence.
Vejamos quais são as malevolas e perigosas manifestações da "Sindrome de Labão":

Visão Concupiscente 

..."viu" a argola no nariz da irmã e as pulseiras nos seus braços...
Labão é o modelo do líder que só aprecia aquilo que é fonte de lucro e vaidade para seu próprio desfrute. Notar que o que ele primeiro observou, não foi a alegria e contentamento que provavelmente estavam estampados no rosto de sua irmã Rebeca. Observou sim os itens secundários, configurados nas joias que sua irmã trazia consigo, fruto dadivoso que provinha do noivo. Concupiscente é alguém ganancioso; que anseia bens materiais; que busca possuir ou receber mais que os demais. Infelizmente assim tem sido tratada a Igreja e o Evangelho. Gente que anseia a busca de riquezas e fama, usando a Noiva do Cordeiro com sua dádivas(dons)  como fonte lucrativa de seus intentos!

Audição Interesseira e Egoísta: 

...e a "ouviu" contar o que o homem tinha dito para ela... 

Interesseiro é alguém que faz algo para outro, entretanto está somente visando seu próprio interesse! Quando Labão escuta sobre as origens do futuro cunhado, deixa-se levar por seu espírito de interesses pessoais egoístas, pois fica sabendo das riquezas que tal suposto parente possuía. Isso desperta a malignidade no coração de Labão no que se refere aos interesses ególatras. Uma liderança  com esse tipo de audição cresce proficuamente no terreno da noiva do Cordeiro. São homens e mulheres, quais Labão, que ao escutarem qualquer noticia sobre riquezas e grandezas provindas do meio, farão de tudo para correrem à frente, no afã de se aproveitar em momento oportuno das benesses que poderão advir! Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse. Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Judas 16 e 17


Pró-ativo para o Mal

..."saiu correndo" ...
Um dos grandes aspectos dos líderes com síndrome de Labão é a pró atividade. São ágeis e apressados. Estão sempre correndo atrás das novas descobertas e bênçãos. Antes mesmo que qualquer outro possa desfrutar, apressadamente e insaciavelmente, procuram apenas seus próprios interesses. Correm de um lado para o outro interessados em serem os primeiros a desfrutarem, sentindo-se no direito de possuir aquilo que não lhes pertencem. Assim Labão revelou ser um homem pró-ativo para o mal, revelando querer possuir apressadamente as riquezas do noivo em detrimento dos interesses provenientes da noiva. Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse. Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Judas 16 e 17

Falsa Benevolência

…“foi buscar"…
As virtudes que se ostentam são vãs e falsas virtudes. Jacques Bossuet
Labão manifesta no ato de buscar o servo de Abraão, uma aparente virtude fraterna, entretanto; aninhava na alma o interesse do poder levar vantagem  de alguma forma.Ostentava naquele ato virtudes falsas e vãs, partes de um caráter pervertido e mal o qual visava tão somente o proveito próprio.
Como Labão:  …os dias atuais tem assistido um cenário semelhante da falsa benevolência de uma liderança que somente encena filantropia para seu bel prazer! Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse. Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Judas 16 e 17

Bajulador de Palco

…-Venha comigo, homem abençoado"…
Alguém certa vez disse:  As línguas dos bajuladores são mais macias do que seda na nossa presença, mas são como punhais na nossa ausência.
Labão manifesta ser um homem bajulador.  Em outras narrativas no livro de Genesis que envolve Labão com seu genro Jacó, filho do seu futuro cunhado Isaque, podemos observar como se manifestava essa característica “labonica”.
O bajulador é aquela persona comum em quase todos os lugares, que apesar de parcos talentos e qualidades morais, utiliza ardis para manter-se sob o pálio de seus superiores, nesse caso, a família de Abraão.
Tal qual Labão, são seres que no palco das Igrejas, necessitam de alimentarem o ego dos ouvintes com frases de efeito e clichés, bem como condecorações ministeriais subalternas, para manterem o poder persuasivo e nefasto de liderança.
Geralmente, não possuem ideias próprias, mas costumam apropriar-se das ideias alheias.
Como características de seu caráter podemos destacar:  maledicência, mentira, inveja, egoísmo, covardia, fisionomismo e o fisiologísmo…
Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse. Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Judas 16 e 17
Bonani

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